terça-feira, 23 de junho de 2020

VOCÊ SERÁ O PRÓXIMO A VER E OUVIR UMA COISA LINDA



VOCÊ VAI SER O NÚMERO 3.684.642 VISUALIZAÇÕES DESTE VÍDEO, QUE VOCÊ JAMAIS IRÁ ESQUECER. VALE APENA OUVIR ATÉ O FINAL.

HOUVE UM TEMPO QUE .....



HÁ SE O TEMPO PUDESSE VOLTAR E EU VIVENCIAR TUDO DE NOVO

Houve um tempo de um mundo mais colorido mas com outros matizes.

Eu e meus irmãos éramos crianças e tudo era muito diferente do que é hoje.

E nele a minha mãe nos colocava no banho e dizia: "vamos sair".

E então ela caprichava escolhendo a roupa mais nova e mandava-nos pentear o cabelo.

Geralmente era ao entardecer, e iamos, a família inteira visitar "uma casa de parentes ou amigos".

E como era caloroso aquele "chegar de surpresa". Como eu me sentia bem recebido.

E vale comentar aos mais novos, que nesse tempo que se chegava era de surpresa mesmo! Pois telefone só tinha fixo, era caro e praticamente não tinha em quase nenhuma casa.

Carta avisando só se fosse num lugar muito, muito longe. Foi um tempo que televisão era coisa da capital, coisas de famílias mais abastarda de dinheiro e automóvel então, era um bem acessível a alguns ricos a poucos aos assalariados.

Mas isso não era problema. Toda a família ia a pé, alegre e ansiosa para chegar. As vezes eram inesperadas, mas no final, tudo "funcionava feito um reloginho".

 Lembro-me de ouvir a frase mágica da satisfação pela visita: "O café está na mesa, comadre". 

E não era só café, tinha bolo de fubá ou de coco, pão de queijo, queijo fresco, pão de agua e sal, manteiga cremosa, doce de abobora, de batata doce, doce de figos em calda e até suco de fruta colhida do pé.

Lembro ainda, que depois vinha a vovó com sua licoreira, trazendo seus licores caseiros de folha de uva, de laranjeira, de pessego e figos. Depois ela retornava com seus trabalhos manuais; ricas toalhas de mesa e de cama em crochêt ou em tricô, verdadeiras rendas, tiradas de linhas e adornadas com suas criações incríveis de efeitos mais variados que a mente pode realizar.

Depois era a vez do nono a mostrar seus artezanatos como gaiolas, bancos, tábuas de pendurar toalhas e guarda-napos e até cadeiras de palhas ou taboas trançadas, ricas de perfeição. Ao quando mostrava-nos seu rádio receptor valvulados ou até mesmo seu rádio amador e sem contar o tocador de discos de carnaubas, com os grandes catpres da epoca, como Vicente Celestino, O Rei da Voz, Francisco Alves, Emilinha Borba, Carlos Gardem, Orquestras e até um bolachão da PRK30 que era de humor e ainda do Nhô Totico, e sem dizer nos bolachões de rádio novela, como A Cabana do Pai Tomas, O Morro dos Ventos Uivantes, O Direito de Nascer, Jerônimo o Herói do Sertão e outros como O Céu Uniu Dois Corações, Redenção, As Pupilas do Senhor Reitor e Meu Pedacinho de Chão.

Lembro-me de ouvir palavras que hoje estão em desuso, como "compadre e comadre". Essas palavras acompanhavam o senso de felicidade das conversas animadas, e eram a solidez e a estabilidade que o ambiente exalava. Recordo também da alegria de recebermos visitas em nossa casa, de ver minha unica irmã  preparando a mesa de café com a toalha pintada e florida, feita pela minha mãe, e sobre esta toalha florida, colocava as com guluseimnas, feita por ela com o que se tinha no nosso pomar.

Bem, esse tempo simplismente já não existe mais. Foi-se a época daquela cidadezinha pacata do interior, que todo mundo se conhecia todo mundo e que as portas e janelas ficavam abertas o dia todo e que a noite apenas colocava-se a tramela ou até encostava um saquinho de areia nela.

Na casa de minha nona, era de chão de tijolo, que de muito ser lavado, viravam um cochinho e que a gente brincava com bolinhas de gude, ou então, pegava o martelo do nono com uns pregos e enfiavamos nestes tijolos, que eram bem moles e fresquinhos de tanto a nona lavar com sabão de cinzas tirado de seu fogão a lenha.

Tenho a lamentar é que esse tempo passou. Foi-se a imagem da cidadezinha, das ruas, do coreto, da praça, dos jardins, da bandinha tocando no coreto da praça da matriz, as criançadas chupando sorvetes, comendo algodão doce, pipocas, pirolitos de guarda-chuvinha, do quebra queixo ou do pucha-pucha e se lambuzando na maças do amor ou emnpanturrado no canudinho de paçoquinha.

Tambem do flamboyant enorme florido. Foi-se também a imagem da menina brejeira que se debruçava na janela, olhando a banda passar. Era ela que sonhei um dia namorar e depois casar o que realmento ocorreu, uma menina educada, de boa família, amorosa, carinhosa e boa mãe de família, assim foi minha Zuleize, que com ele fiquei por 34 anos, 11 meses e 15 dias de casados, até que um dia, Nosso Senhor Jesus Cristo, levou ela para morar no céu.

Só resta a foto do passado esmaecido na memória de um tempo que no seu bojo traz uma infinita recordações e saudade, e que se foi intensamente vivido e que jamais será esquecido.

Hoje sinto que no meio em que vivo está tentando me transformar em autodidata da solidão, com cursos intensivo a distância e pela televisão, das lives de cantores, da volta em ver dvds, e em impor à mim, o tal de netflix, mídias sociais ou outro meio de comunicação, como computador, tablet, celulares e até o tal de whatsApps.

Mas, solidão é, definitivamente, o que eu não quero para minha vida. Eu prefiro mesmo é uma conversa "tete-a-tete", à uma mensagem do olho-no-olho e não a frieza do tal whatApp ou por esta pandemia que estamos vivenciando, onde tudo fica isolado e em quarentena permanente, usando mascaras e de instante a instante, higienizando as mãos com alcool em gel ou lasvando-as com agua e sabão, porque este virus, não tem paciência, mata mesmo e se morrermos, velório de poucas horas e com familiares reduzidos para velar a gente no caixão.

Quero manter para o resto de minha vida, o espírito da "visita surpresa". Quero ser alguém que interaja e que bem do fundo do meu coração, eu tenho uma imensa fome e sede de gente e da vida. Quero ver meus filhos, netos e netas, genro e noras, abraça-los e dizer o quanto eu os amo e quanto eles são importantes pra mim.