QUEM PERDEU FOI A O ESPORTE CLUBE XV DE NOVEMBRO DE PIRACICABA, NÃO PERDEU. QUEM PERDEU FOI A CRÔNICA ESPORTIVA FALADA DE PIRACICABA. EU DISSE CRÔNICA ESPORTIVA (AS 2 RÁDIOS DE PIRACICABA)
QUEM PERDEU FOI A CRÔNICA ESPORTIVA, OS RADIADORES, OS COMENTADORES, OS CORRE-CORRE DE CAMPO, OS ZIUDOS QUE FALA DEPOIS QUE Eu não queria entrar neste assunto polêmico! porque as pessoas não sabem mais conversar e debater e eu posso perder amigos por causa da minha opinião.
Por isso não gosto de discutir esses assuntos!
Então peço por favor, sem ofensas, sem brigas. Quero uma discussão sincera e com fontes.
Sem criticar a opinião contrária...
A ANOS VENHO BATENDO NESTA TECLA SOBRE O NOME HONORIFICO DA PESSOA QUE EMPRESTA SEU TÍTULO AO ESTÁDIO, MAS NINGUEM ESCUTA OU NÃO QUER ESCUTAR. TENHO UMA PROPOSTA PARA O XV DE PIRACICABA MELHOR E NÃO AFUNDAR CADA VEZ MAIS, UMA VEZ QUE JÁ PASSOU A SOBREVIVER DE SUCATAS (GARRAFAS PTES), E ANTES DISSE DE MIGALHAS DE DOAÇÃO NA CONTA DE ÁGUA; MUDAR O NOME PARA Delphin Ferreira da Rocha Netto.
DÚVIDAS, ME PROCURE QUE TENHO A HISTÓRIA SOBRE ESTA MALDIÇÃO SOBRE A PRONUNCIA ERRONEAMENTE DO NOME DO ESTÁDIO BARÃO DE SERRA NEGRA.
PRIMEIRA CITAÇÃO NESTE DESABAFO:
FRANCISCO JOSÉ DA CONCEIÇÃO, O BARÃO DE SERRA NEGRA:
No dia 2 de outubro de 1900, morreu Francisco José da Conceição, o Barão de Serra Negra. O historiador piracicabano Nelson Camponez de Oliveira pesquisou e deixou registradas observações que se mantiveram por muito tempo inéditas sobre a morte do Barão de Serra Negra:
“Na sua fazenda Bom Jardim, do município de Rio das Pedras, faleceu o Coronel Francisco José da Conceição, Barão de Serra Negra. Sofrendo do coração há bastante tempo e conhecendo a proximidade da sua morte, nem assim o velho Barão perdeu o espírito de ´verve. Nasceu em Constituição no primeiro quartel do século XIX. Dedicou-se ao comércio e estabeleceu-se com loja de fazendas na vila. Sério, honrado, ativo, inteligente, granjeou logo bastante aceitação e bens de fortuna. Dedicou-se mais especialmente à lavoura e em 1868, adquiriu grandes propriedade agrícolas que o tornaram um dos homens mais abastados da Província. Ofereceu hospedagem por duas vezes, em 1877 e depois, ao Conde d´Eu quando de visita a esta cidade. Foi um dos incorporadores da Cia. de Navegação Fluvial a Vapor e um dos fundadores do Banco de Piracicaba. Manteve-se sempre monarquista.Foi um dos que, em 1854, fundaram a Santa Casa de Misericórdia. A suas expensas, fundou-se o Hospício de Alienados.”Prevendo a morte próxima, o Barão de Serra Negra pediu e conseguiu licença eclesiástica para ser sepultado na capelinha da sua fazenda em Rio das Pedras. Quis um enterro sem pompa e com caixão modesto, dos que se usavam para sepultar indigentes. Em ritmo compassado e fúnebre, as bandas Azarias Mello e Carlos Gomes acompanharam o féretro. O caixão foi carregado, segundo vontade do Barão de Serra Negra, pelos seus mais humildes empregados, incluindo ex-escravos. Deixou, por testamento, bens para a Santa Casa, o Hospício Barão de Serra Negra, o Hospital de São Lázaro e para a Matriz de Santo Antônio.
O comércio cerrou as portas, as sociedades locais hastearam bandeira a meio pau. Ao lado do caixão, os representantes da Societá Italiana, gratos pelo apoio que o Barão dera aos migrantes italianos. Caetano e Mateo Carmignani, que já se destacavam na Vila Rezende, ajudaram a carregar o caixão. Eram sinais de pesar e de luto pela morte do benemérito de Piracicaba. Mas luto também por um tempo que ia chegando ao fim, anunciando o Século XX que, também, já se foi.
Descendência
A descendência do Barão de Serra Negra, através de seus 10 filhos, continuou influindo por muito tempo nos destinos de Piracicaba. Eram eles:
1 – Ana Cândida de Rezende, baronesa de Rezende, casada com Estevam Ribeiro de Rezende, Barão de Rezende e filho dos falecidos Marqueses de Valença;
2 – Dr.João Batista da Rocha Conceição, casado com Maria Nazareth Rocha, filha do Conselheiro Antonio da Costa Pinto e Silva, cuja família viria a unir-se à dos Pacheco e Chaves;
3 – Dr.Francisco Júlio Conceição, casado com Ana Monteiro de Barros, filha de Rodrigo Antônio Monteiro de Barros;
4 – Dr.Antonio Augusto da Conceição, casado com Laura Corrêa Conceição;
5 – Manoel Ernesto da Conceição, casado com Maria (Baby) Rezende Conceição;
6 – José Flávio Conceição, casado com Angelina Silveira da Conceição;
7 – Júlio Conceição, casado com Mariana de Freitas Conceição;
8 – Francisca da Conceição Correa, casada com dr. Adolpho Corrêa Dias;
9 – Angelina da Conceição Leitão, casada com dr.Torquato da Silva Leitão;
10 – Maria da Conceição Morato, casada com o dr.Francisco Antonio de Almeida Morato.
Título nobiliárquico
Agraciado de Barão dse Serra Negra, pelo Imperador Dom Pedro II, em 17 de maio de 1871.
Homenagem
O Estádio Municipal de Piracicaba chama-se Barão da Serra Negra, em sua homenagem. O estádio é o local onde o XV de Piracicaba manda seus jogos.
OUTRO CITADO NESTE DESABAFO:
Delphin Ferreira da Rocha Netto nasceu em Itu em 9 de junho de 1913, mudando-se para Piracicaba em 1918. Aos 89 anos, manteve vivas suas lembranças de fatos, datas e “causos”. Conhecido nacionalmente pelo seu arquivo sobre o futebol, principalmente sobre o XV, Rocha Netto foi uma das memórias vivas do dia a dia de Piracicaba.(Essa entrevista data de 2003.)
“Minha Piracicaba preferida era a da década de 20 e 30. Nós morávamos na rua Carlos Botelho, mas não onde hoje existe a atual avenida com esse nome. A Carlos Botelho original era a rua que passava em frente a Igreja dos Frades e que, depois, a pedido dos religiosos, teve seu nome trocado para rua São Francisco, que permanece até hoje. Os bairros Paulista e Paulicéia eram mato. Muito mato. E a nossa diversão era ir ao cinema, ao circo e a jogos de futebol.”
Rocha Netto recorda-se que a grande atração dos circos eram os animais, muitos animais. E, para mostrar como a cidade mudou, o local onde os circos se instalavam ficava na rua Governador Pedro de Toledo em frente à Igreja Metodista. Portanto, ao lado do Mercado Municipal. Foi um aposentado como fiscal de rendas, Rocha Netto lembra com saudade da sua Piracicaba preferida:
“Era uma cidade simples com um cotidiano também simples, como muitas do interior. Nós íamos muito ao cinema. Havia, primeiro, o Cine Íris (ao lado do atual Bingo Broadway, onde hoje é o edíficio Bandeirantes, na rua São José), o Polyteama, o Broadway (no local onde está uma igreja evangélica com o mesmo nome) e o Teatro Santo Estevão, que também projetava películas. Antes da matinê, era comum tomar um refrigerante na Praça e comprar pipoca. Nós íamos ao cinema aos domingos e mantínhamos uma rotina: acordávamos cedo para ir à missa, depois almoçávamos e tínhamos, como obrigação, ir ao catecismo após o almoço. Apenas depois disso, estávamos liberados para ir ao cinema, na matinê”, lembra Rocha Netto, naquela entrevista de 2003.
Todos os grandes filmes eram projetados em Piracicaba, porém as recordações mais vivas de Rocha Neto são da exibição dos seriados dominicais. “Ir ao cinema era uma acontecimento social. As pessoas, para assistir a um filme, iam com quase a mesma roupa com que participavam da missa. As mulheres iam bem vestidas e os homens de terno e gravata.”.
Após o filme, a maioria dos jovens participava do “footing” na praça central ou, então, “quadrando jardim”. No “footing”, na “Calçadinha de Ouro” (em frente ao antigo Cine Politeama, onde atualmente funciona o Banco Bradesco) as moças iam e vinham, os rapazes ficavam olhando, dando sinais.
“Para ‘quadrar jardim’, nós, rapazes, andávamos em um sentido e as mulheres em sentido contrário. Essa era a dinâmica. E foi a partir da ‘Calçadinha’ que muitos casamentos se deram e muitas famílias foram formadas. Não dá para contar os casais que se conheceram durante os passeios na praça e viveram toda umavida juntos”, relembra Rocha Neto.
Na área gastronômica, já a partir dos anos 50, o mais importante local era o Restaurante do Mirante, onde famílias se reuniam para saborear um peixe. “Não havia tantos restaurantes como hoje. O Mirante era um ponto de referência na cidade. Era um passeio ir até o Rio Piracicaba e almoçar ou apenas contemplar o salto com toda a sua beleza”.
É a Piracicaba que ficou nas lembranças de Rocha Netto.
COMPLEMENTO DO MAIOR COLECIONAR E ESCRITOR SOBRE O E.C. XV DE NOVEMBRO DE PIRACICABA:
Nascido em Itu, Sp, 09.06.1913. Falecido na cidade de Piracicaba, 23.08.2003. Casado com Yara Moreira freire da Rocha. Jornalista e funcinário público.
Após estudo com os frade capuchinhos (1919 -20), foi aluno do Grupo Escolar Barão do Rio Branco (1921-22) e dio Grupo Escolar Modelo da Escola Normal Oficina de Piracicaba ( a futura Sud Menucci), onde frequentou os cursos Primário e Médio, diplomando-se em 1926. Estudou na Escola de Contabilidade Cristóvão Colombo (1929-30) e na Escola Prática de Contabilidade Moraes Barros (1931).
Dos 14 aos 18 anos, trabalhou na livraria Americana, de seu tio João do Amaral Mello e depois, de José de Assis (Filho)
Morou e trabalhou na capital paulistana (1933-34) e em Bauru, Sp (1935). Neste último ano, aprovado em concurso para fiscal de rendas, passou a pertencer, como agente fiscal de rendas, ao quadro de funcionários da Secretaria da Fazenda do Estado, exercendo essa atividade até 1937 na capital e de 1939 a 1944 em São Carlos, Sp. Retornou a Piracicaba em 1944 para tornar-se chefe foi Posto de Fiscalização Estadual local e Inspetor de Rendas (1949). Trabalhou em Pirassununga a partir de 1955 e em Rio Claro desde 1960. Aposentou-se em 1964 como Inspetor de Rendas e viveu desde então em Piracicaba.
Eleito vereador em Piracicaba , filiado ao partido PSP (Partido Social Progressista) exerceu sua função na legislatura de 1952-1955, exerceu seu mandato por pouco tempo, em virtude da remoção para Pirassununga. Apaixonado pela imprensa desde a mocidade, começou no jornalismo com notícia esportiva publicadas pelo Jornal de Piracicaba desde 1930. Com sua mudança para a capital em 1933, passou a representar a Associação Atlética Luiz de Queiroz e o Esporte Clube do XV de Novembro junto à imprensa paulistana. De 1937 a 1939 fez parte da redação do Jornal de Piracicaba. Removido para São Carlos, SP, passou a chefiar a seção esportiva do Correio de São Carlos desde 1930. Estava de volta em Piracicaba em 1944, quando seus textos retornaram à página esportiva do Jornal de Piracicaba, ao mesmo tempo em que atuava como correspondente dos “Diários Associados” de Assis Chateaubriand, da Gazeta Esportiva de Cásper Líbero e da revista carioca Sport Ilustrado.
Colaborou também no Jornal O Diário de Piracicaba. Publicou dois livros sobre o E.C. XV de Novembro. Além do título de Cidadão Piracicabano (1967), recebeu numerosas outras honrarias e distinções, como a de Cidadão Prestante, que lhe foi outorgado em 1986 pela Câmara Municipal de Piracicaba, e os de Presidente de Honra, Sócio Remido e Grande Benemérito do Esporte Clube XV de Novembro. Ligado desde 1928 à Associação Atlética Luiz de Queiroz, criou em 1933 o famoso “A Encarnado”, símbolo do clube a partir de então. Recebeu a Medalha do Bicentenário de Piracicaba em 1984 e em 1992 a diretoria da ESALQ instituiu o “Troféu Rocha Netto”, com entrega anual por ocasião da festa de formatura da escola. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, ao Clube dos Escritores, à Academia Piracicabana de Letras e a Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo.
Seu prodigioso arquivo, cuja documentação se estende de 1913 a 1991, foi confiado em dezembro de 2006 ao Centro Cultural Martha Watts, em subsolo do Colégio Piracicabano, à rua Boa Morte. Além, de 600 livros, documentos e troféus, reúne perto de cinquenta mil imagens e trinta mil exemplares de periódicos de esporte, predominantemente de futebol (Família Rocha Netto, 2006)
SAIBA MAIS SOBRE O NOME DO BARÃO:
https://www.youtube.com/watch?v=9gliv4zTvYU
FRANCISCO JOSÉ DA CONCEIÇÃO # BARÃO DE SERRA NEGRA
Cansado de ouvir e ver sendo pronunciado erroneamente o título honorifico do Barão de Serra Negra, fui a pesquisa e encontrei o que tanto procurava para calar o boca dos que dizem estudiosos no assunto.
Fui a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e lá nada encontrei sobre Título Nobiliárquico I e II do Império do Brasil. Parti então para o Museu do Império em Petrópolis e lá encontrei um livro sobre o assunto: Archivo nobiliarchico brasileiro». Livro publicado pela Lausanne Imprimerie La Concorde em 1918, em versão digitalizada. University of Toronto Library. Consultado em 7 de janeiro de 2012, onde pude constatar que realmente o título Nobiliárquico, consta que Francisco José da Conceição, recebeu o título do S.M. Imperador D.Pedro II, em 17 de maio de 1871 e esta no Livro Tomo III do II Império, sancionado pelo Imperador Brasileiro Dom Pedro II e lavrado pelo Secretário Geral do Império, Visconde Bernardo Sousa Franco, e assim depois de horas de pesquisas, viagens, visitas a museus e biblioteca, encerro esta jornada dizendo: O nome do Estádio Barão de Serra Negra, esta incorreto, corrija-o pois como esta grafado com “da” é errado. Prova disso: Existe rua na cidade sendo Barão de Serra Negra, a placa de inauguração do Estácio oferecida pela S.E. Palmeiras, consta Barão de Serra Negra, portanto senhores jornalistas, radialista e impressa geral, acostume dizer BARÃO DE SERRA NEGRA e não Barão “da” Serra Negra.
Falei e esta falado = Jair de Souza Palma, jornalista, radialista, pesquisador e historiador

Por isso não gosto de discutir esses assuntos!
Então peço por favor, sem ofensas, sem brigas. Quero uma discussão sincera e com fontes.
Sem criticar a opinião contrária...
A ANOS VENHO BATENDO NESTA TECLA SOBRE O NOME HONORIFICO DA PESSOA QUE EMPRESTA SEU TÍTULO AO ESTÁDIO, MAS NINGUEM ESCUTA OU NÃO QUER ESCUTAR. TENHO UMA PROPOSTA PARA O XV DE PIRACICABA MELHOR E NÃO AFUNDAR CADA VEZ MAIS, UMA VEZ QUE JÁ PASSOU A SOBREVIVER DE SUCATAS (GARRAFAS PTES), E ANTES DISSE DE MIGALHAS DE DOAÇÃO NA CONTA DE ÁGUA; MUDAR O NOME PARA Delphin Ferreira da Rocha Netto.
DÚVIDAS, ME PROCURE QUE TENHO A HISTÓRIA SOBRE ESTA MALDIÇÃO SOBRE A PRONUNCIA ERRONEAMENTE DO NOME DO ESTÁDIO BARÃO DE SERRA NEGRA.
PRIMEIRA CITAÇÃO NESTE DESABAFO:
FRANCISCO JOSÉ DA CONCEIÇÃO, O BARÃO DE SERRA NEGRA:
No dia 2 de outubro de 1900, morreu Francisco José da Conceição, o Barão de Serra Negra. O historiador piracicabano Nelson Camponez de Oliveira pesquisou e deixou registradas observações que se mantiveram por muito tempo inéditas sobre a morte do Barão de Serra Negra:
“Na sua fazenda Bom Jardim, do município de Rio das Pedras, faleceu o Coronel Francisco José da Conceição, Barão de Serra Negra. Sofrendo do coração há bastante tempo e conhecendo a proximidade da sua morte, nem assim o velho Barão perdeu o espírito de ´verve. Nasceu em Constituição no primeiro quartel do século XIX. Dedicou-se ao comércio e estabeleceu-se com loja de fazendas na vila. Sério, honrado, ativo, inteligente, granjeou logo bastante aceitação e bens de fortuna. Dedicou-se mais especialmente à lavoura e em 1868, adquiriu grandes propriedade agrícolas que o tornaram um dos homens mais abastados da Província. Ofereceu hospedagem por duas vezes, em 1877 e depois, ao Conde d´Eu quando de visita a esta cidade. Foi um dos incorporadores da Cia. de Navegação Fluvial a Vapor e um dos fundadores do Banco de Piracicaba. Manteve-se sempre monarquista.Foi um dos que, em 1854, fundaram a Santa Casa de Misericórdia. A suas expensas, fundou-se o Hospício de Alienados.”Prevendo a morte próxima, o Barão de Serra Negra pediu e conseguiu licença eclesiástica para ser sepultado na capelinha da sua fazenda em Rio das Pedras. Quis um enterro sem pompa e com caixão modesto, dos que se usavam para sepultar indigentes. Em ritmo compassado e fúnebre, as bandas Azarias Mello e Carlos Gomes acompanharam o féretro. O caixão foi carregado, segundo vontade do Barão de Serra Negra, pelos seus mais humildes empregados, incluindo ex-escravos. Deixou, por testamento, bens para a Santa Casa, o Hospício Barão de Serra Negra, o Hospital de São Lázaro e para a Matriz de Santo Antônio.
O comércio cerrou as portas, as sociedades locais hastearam bandeira a meio pau. Ao lado do caixão, os representantes da Societá Italiana, gratos pelo apoio que o Barão dera aos migrantes italianos. Caetano e Mateo Carmignani, que já se destacavam na Vila Rezende, ajudaram a carregar o caixão. Eram sinais de pesar e de luto pela morte do benemérito de Piracicaba. Mas luto também por um tempo que ia chegando ao fim, anunciando o Século XX que, também, já se foi.
Descendência
A descendência do Barão de Serra Negra, através de seus 10 filhos, continuou influindo por muito tempo nos destinos de Piracicaba. Eram eles:
1 – Ana Cândida de Rezende, baronesa de Rezende, casada com Estevam Ribeiro de Rezende, Barão de Rezende e filho dos falecidos Marqueses de Valença;
2 – Dr.João Batista da Rocha Conceição, casado com Maria Nazareth Rocha, filha do Conselheiro Antonio da Costa Pinto e Silva, cuja família viria a unir-se à dos Pacheco e Chaves;
3 – Dr.Francisco Júlio Conceição, casado com Ana Monteiro de Barros, filha de Rodrigo Antônio Monteiro de Barros;
4 – Dr.Antonio Augusto da Conceição, casado com Laura Corrêa Conceição;
5 – Manoel Ernesto da Conceição, casado com Maria (Baby) Rezende Conceição;
6 – José Flávio Conceição, casado com Angelina Silveira da Conceição;
7 – Júlio Conceição, casado com Mariana de Freitas Conceição;
8 – Francisca da Conceição Correa, casada com dr. Adolpho Corrêa Dias;
9 – Angelina da Conceição Leitão, casada com dr.Torquato da Silva Leitão;
10 – Maria da Conceição Morato, casada com o dr.Francisco Antonio de Almeida Morato.
Título nobiliárquico
Agraciado de Barão dse Serra Negra, pelo Imperador Dom Pedro II, em 17 de maio de 1871.
Homenagem
O Estádio Municipal de Piracicaba chama-se Barão da Serra Negra, em sua homenagem. O estádio é o local onde o XV de Piracicaba manda seus jogos.
OUTRO CITADO NESTE DESABAFO:
Delphin Ferreira da Rocha Netto nasceu em Itu em 9 de junho de 1913, mudando-se para Piracicaba em 1918. Aos 89 anos, manteve vivas suas lembranças de fatos, datas e “causos”. Conhecido nacionalmente pelo seu arquivo sobre o futebol, principalmente sobre o XV, Rocha Netto foi uma das memórias vivas do dia a dia de Piracicaba.(Essa entrevista data de 2003.)
“Minha Piracicaba preferida era a da década de 20 e 30. Nós morávamos na rua Carlos Botelho, mas não onde hoje existe a atual avenida com esse nome. A Carlos Botelho original era a rua que passava em frente a Igreja dos Frades e que, depois, a pedido dos religiosos, teve seu nome trocado para rua São Francisco, que permanece até hoje. Os bairros Paulista e Paulicéia eram mato. Muito mato. E a nossa diversão era ir ao cinema, ao circo e a jogos de futebol.”
Rocha Netto recorda-se que a grande atração dos circos eram os animais, muitos animais. E, para mostrar como a cidade mudou, o local onde os circos se instalavam ficava na rua Governador Pedro de Toledo em frente à Igreja Metodista. Portanto, ao lado do Mercado Municipal. Foi um aposentado como fiscal de rendas, Rocha Netto lembra com saudade da sua Piracicaba preferida:
“Era uma cidade simples com um cotidiano também simples, como muitas do interior. Nós íamos muito ao cinema. Havia, primeiro, o Cine Íris (ao lado do atual Bingo Broadway, onde hoje é o edíficio Bandeirantes, na rua São José), o Polyteama, o Broadway (no local onde está uma igreja evangélica com o mesmo nome) e o Teatro Santo Estevão, que também projetava películas. Antes da matinê, era comum tomar um refrigerante na Praça e comprar pipoca. Nós íamos ao cinema aos domingos e mantínhamos uma rotina: acordávamos cedo para ir à missa, depois almoçávamos e tínhamos, como obrigação, ir ao catecismo após o almoço. Apenas depois disso, estávamos liberados para ir ao cinema, na matinê”, lembra Rocha Netto, naquela entrevista de 2003.
Todos os grandes filmes eram projetados em Piracicaba, porém as recordações mais vivas de Rocha Neto são da exibição dos seriados dominicais. “Ir ao cinema era uma acontecimento social. As pessoas, para assistir a um filme, iam com quase a mesma roupa com que participavam da missa. As mulheres iam bem vestidas e os homens de terno e gravata.”.
Após o filme, a maioria dos jovens participava do “footing” na praça central ou, então, “quadrando jardim”. No “footing”, na “Calçadinha de Ouro” (em frente ao antigo Cine Politeama, onde atualmente funciona o Banco Bradesco) as moças iam e vinham, os rapazes ficavam olhando, dando sinais.
“Para ‘quadrar jardim’, nós, rapazes, andávamos em um sentido e as mulheres em sentido contrário. Essa era a dinâmica. E foi a partir da ‘Calçadinha’ que muitos casamentos se deram e muitas famílias foram formadas. Não dá para contar os casais que se conheceram durante os passeios na praça e viveram toda umavida juntos”, relembra Rocha Neto.
Na área gastronômica, já a partir dos anos 50, o mais importante local era o Restaurante do Mirante, onde famílias se reuniam para saborear um peixe. “Não havia tantos restaurantes como hoje. O Mirante era um ponto de referência na cidade. Era um passeio ir até o Rio Piracicaba e almoçar ou apenas contemplar o salto com toda a sua beleza”.
É a Piracicaba que ficou nas lembranças de Rocha Netto.
COMPLEMENTO DO MAIOR COLECIONAR E ESCRITOR SOBRE O E.C. XV DE NOVEMBRO DE PIRACICABA:
Nascido em Itu, Sp, 09.06.1913. Falecido na cidade de Piracicaba, 23.08.2003. Casado com Yara Moreira freire da Rocha. Jornalista e funcinário público.
Após estudo com os frade capuchinhos (1919 -20), foi aluno do Grupo Escolar Barão do Rio Branco (1921-22) e dio Grupo Escolar Modelo da Escola Normal Oficina de Piracicaba ( a futura Sud Menucci), onde frequentou os cursos Primário e Médio, diplomando-se em 1926. Estudou na Escola de Contabilidade Cristóvão Colombo (1929-30) e na Escola Prática de Contabilidade Moraes Barros (1931).
Dos 14 aos 18 anos, trabalhou na livraria Americana, de seu tio João do Amaral Mello e depois, de José de Assis (Filho)
Morou e trabalhou na capital paulistana (1933-34) e em Bauru, Sp (1935). Neste último ano, aprovado em concurso para fiscal de rendas, passou a pertencer, como agente fiscal de rendas, ao quadro de funcionários da Secretaria da Fazenda do Estado, exercendo essa atividade até 1937 na capital e de 1939 a 1944 em São Carlos, Sp. Retornou a Piracicaba em 1944 para tornar-se chefe foi Posto de Fiscalização Estadual local e Inspetor de Rendas (1949). Trabalhou em Pirassununga a partir de 1955 e em Rio Claro desde 1960. Aposentou-se em 1964 como Inspetor de Rendas e viveu desde então em Piracicaba.
Eleito vereador em Piracicaba , filiado ao partido PSP (Partido Social Progressista) exerceu sua função na legislatura de 1952-1955, exerceu seu mandato por pouco tempo, em virtude da remoção para Pirassununga. Apaixonado pela imprensa desde a mocidade, começou no jornalismo com notícia esportiva publicadas pelo Jornal de Piracicaba desde 1930. Com sua mudança para a capital em 1933, passou a representar a Associação Atlética Luiz de Queiroz e o Esporte Clube do XV de Novembro junto à imprensa paulistana. De 1937 a 1939 fez parte da redação do Jornal de Piracicaba. Removido para São Carlos, SP, passou a chefiar a seção esportiva do Correio de São Carlos desde 1930. Estava de volta em Piracicaba em 1944, quando seus textos retornaram à página esportiva do Jornal de Piracicaba, ao mesmo tempo em que atuava como correspondente dos “Diários Associados” de Assis Chateaubriand, da Gazeta Esportiva de Cásper Líbero e da revista carioca Sport Ilustrado.
Colaborou também no Jornal O Diário de Piracicaba. Publicou dois livros sobre o E.C. XV de Novembro. Além do título de Cidadão Piracicabano (1967), recebeu numerosas outras honrarias e distinções, como a de Cidadão Prestante, que lhe foi outorgado em 1986 pela Câmara Municipal de Piracicaba, e os de Presidente de Honra, Sócio Remido e Grande Benemérito do Esporte Clube XV de Novembro. Ligado desde 1928 à Associação Atlética Luiz de Queiroz, criou em 1933 o famoso “A Encarnado”, símbolo do clube a partir de então. Recebeu a Medalha do Bicentenário de Piracicaba em 1984 e em 1992 a diretoria da ESALQ instituiu o “Troféu Rocha Netto”, com entrega anual por ocasião da festa de formatura da escola. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, ao Clube dos Escritores, à Academia Piracicabana de Letras e a Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo.
Seu prodigioso arquivo, cuja documentação se estende de 1913 a 1991, foi confiado em dezembro de 2006 ao Centro Cultural Martha Watts, em subsolo do Colégio Piracicabano, à rua Boa Morte. Além, de 600 livros, documentos e troféus, reúne perto de cinquenta mil imagens e trinta mil exemplares de periódicos de esporte, predominantemente de futebol (Família Rocha Netto, 2006)
SAIBA MAIS SOBRE O NOME DO BARÃO:
https://www.youtube.com/watch?v=9gliv4zTvYU
FRANCISCO JOSÉ DA CONCEIÇÃO # BARÃO DE SERRA NEGRA
Cansado de ouvir e ver sendo pronunciado erroneamente o título honorifico do Barão de Serra Negra, fui a pesquisa e encontrei o que tanto procurava para calar o boca dos que dizem estudiosos no assunto.
Fui a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e lá nada encontrei sobre Título Nobiliárquico I e II do Império do Brasil. Parti então para o Museu do Império em Petrópolis e lá encontrei um livro sobre o assunto: Archivo nobiliarchico brasileiro». Livro publicado pela Lausanne Imprimerie La Concorde em 1918, em versão digitalizada. University of Toronto Library. Consultado em 7 de janeiro de 2012, onde pude constatar que realmente o título Nobiliárquico, consta que Francisco José da Conceição, recebeu o título do S.M. Imperador D.Pedro II, em 17 de maio de 1871 e esta no Livro Tomo III do II Império, sancionado pelo Imperador Brasileiro Dom Pedro II e lavrado pelo Secretário Geral do Império, Visconde Bernardo Sousa Franco, e assim depois de horas de pesquisas, viagens, visitas a museus e biblioteca, encerro esta jornada dizendo: O nome do Estádio Barão de Serra Negra, esta incorreto, corrija-o pois como esta grafado com “da” é errado. Prova disso: Existe rua na cidade sendo Barão de Serra Negra, a placa de inauguração do Estácio oferecida pela S.E. Palmeiras, consta Barão de Serra Negra, portanto senhores jornalistas, radialista e impressa geral, acostume dizer BARÃO DE SERRA NEGRA e não Barão “da” Serra Negra.
Falei e esta falado = Jair de Souza Palma, jornalista, radialista, pesquisador e historiador
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