quarta-feira, 12 de novembro de 2014

AULA 52 - 12/11/2014 - QUARTA-FEIRA - DANIEL VIEIRA ROGERO

GÊNEROS RADIOFÔNICOS 

Programação radiofônica muda substancialmente com a evolução das tecnologias de informação no mundo contemporâneo. Informações sobre o trânsito, temperatura, saúde, cotações econômicas, hora certa, descobertas científicas, violência, lazer e comporta


O processo de modernização iniciado na década de 1950 exigia que o público estivesse bem informado. É neste contexto que o texto do rádio modifica-se e o radiojornalismo se fortalece com a agilidade própria do meio.

Na década de 1960 o radiojornalismo e a programação musical são a base da programação no rádio das emissoras AM. As reportagens de rua são intensificadas, com o repórter ao vivo no local do acontecimento.

Nos anos 1970 a tendência a especialização que se iniciara no fim dos anos 1960, se acentua com as emissoras identificando-se com certas camadas sócio-econômico-culturais, buscando a linguagem apropriada ao padrão das classes que desejavam atingir. A segmentação também funciona como uma estratégia de mercado. O radiojornalismo esportivo ganha força como um espaço radiofônico vibrante, polêmico, e opinativo. Informações esportivas e os acontecimentos do cotidiano são narrados para o ouvinte no formato de jornais falados e informativos, que podem ter uma editoria especial ou não, e ainda serem interpretativos, opinativos ou simplesmente informativos. Outra repetição do padrão tradicional de cinco décadas é a leitura ao vivo das publicidades pelo locutor.

Atualmente, com a internet, a programação das emissoras tem se pautado ainda mais pela segmentação. Este processo tem como objetivo exatamente o de não copiar outra mídia, especialmente aquelas desprovidas de credibilidade, alteradas apenas por modismos ou a bel prazer.

Por estes motivos, senhora orientadora e senhor co-orientador, é importante a busca de fontes confiáveis, encontradas também na internet, mas com critério.

Segmentação
No rádio, a intenção do editor e dos diversos níveis do discurso na programação num único contexto comunicativo é a adoção de um formato. O acirramento da concorrência entre as emissoras reorganizou o sistema produtivo de forma que as programações voltadas para públicos heterogêneos entraram em decadência, perdendo público para emissoras que centraram sua atenção na segmentação da programação para atender a gostos específicos de determinados públicos.

A segmentação se difunde na segunda metade da década de 1980. Esta prática refere-se a um critério de abordagem dos ouvintes, levando-se em conta sua heterogeneidade e adequando a publicidade conforme o público específico que se visualiza para a emissora. A segmentação pode dirigir-se a um programa ou ao todo da programação da emissora. Consideram-se características como classe social, faixa etária, sexo, escolaridade, preferências de grupos, etc.

Formato
Nos anos 1990 o sucesso de uma programação depende da clareza com que é desenvolvido o formato da programação. O objetivo das rádios comerciais é atingir uma correspondência entre formato, imagem da rádio e faixa de público a que se destina sua programação. Ao adotar o formato informativo a emissora pode emitir outros tipos de programas não informativos, mas independente destas variações na programação, o jornalismo é assumido como valor predominante na programação. Assim, a qualquer momento um programa não informativo poderá ser interrompido com notícias.

A adoção do formato representa, portanto, um nível mais abrangente de enunciado: a megaestrutura do discurso. O formato é o primeiro nível do enunciado, o segundo nível (a grade de programas ou a programação) se estrutura a partir dele.

Os formatos de programa dividem-se em puros e híbridos, e refletem a filosofia de trabalho da empresa.

Ao propor produção de programas de rádio na perspectiva da Educomunicação queremos atingir objetivos bem diferentes daqueles a que se dedicam os cursos profissionalizantes de formação de radialistas. Para nós, os meios de comunicação são, de fato, meios, ou seja, sinônimo de ferramenta de trabalho, tal qual a pá para o pedreiro, ou o computador para o designer gráfico. Queremos, através deles, conseguir realizar uma proposta de 
educação, de formação de gente atenta, curiosa, interessada em conhecer pessoas e temas ligados à vida que levam nos lugares onde se encontram. 

Por esse motivo, para os fins que nos interessam, basta distinguir apenas três tipos de gêneros radiofônicos,como veremos a seguir. Informativo: tipo adequado para quando precisamos avisar, denunciar, discutir ou mesmo informar sobre fatos relacionados, especialmente, com as pessoas do lugar onde estamos ou do dia-a-dia da nossa rua, nosso bairro, cidade ou país. 

Tendo claro que é esse o modo mais eficiente de conseguir realizar o que precisamos, passamos então à escolha da forma com que essa informação poderá ser transmitida. Podemos optar por fazer uma entrevista ou uma série delas, realizar uma enquete ou várias, promover um debate, ou um ciclo de discussão sobre um tema, entre tantas outras possibilidades. Ficção: gênero acertado para as situações que têm compromisso, ao menos de imediato, ou de modo explícito, com arealidade. Cabe nesse tipo a radionovela (uma história apresentada em capítulos), o rádio-conto (uma história com começo, meio e fim contados de uma só vez), dentre outras formas que o próprio grupo pode inventar. 

Convém destacar que dependendo da qualidade da história, da interpretação dos radio-atores e também da sonoplastia (ambientação sonora, que permite visualizar os cenários onde a história se desenvolve) é possível atingir mais  rapidamente os objetivos que queremos, muito do que através de qualquer outro gênero radiofônico. Experimental: o rádio é um veículo sonoro, isto é, um meio de comunicação cuja matéria prima é o som. A característica do experimental é, pois, como o nome bem diz, o uso da criatividade, da invenção para produzir peças radiofônicas. Trabalho artesanal, de pesquisa, de busca de efeitos sonoros que transforme nossas idéias em imagens.

Conclusão, sem mais delongas: os gêneros devem estar a serviço dos nossos propósitos. Dependendo da situação e da necessidade é deste ou daquele gênero que lançamos mão. O que importa mesmo é conseguir fazer com o público ouvinte preste atenção naquilo que queremos que ele pare para escutar, pensar e refletir. 

Tal qual a metodologia, os gêneros radiofônicos servem em última instância, para materializar as decisões que coletivamente o grupo optou por partilhar, por tornar público.

ALUNOS PRESENTES NESTA AULA:
JAIR - DIMI - ROBERTO - ANDRÉ - GILMAR - KARINA - ERICA - MARIO JORGE - MARCOS - IZABELE - HERBERT

ALUNOS AUSENTES NESTA AULA
MARCONI - RICHARD


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